O CRACK, O ESTADO, A FAMÍLIA: A DEGRADAÇÂÕ SOCIAL
Por: Carlos Mega - Terapeuta - caemega@gmail.com
O crack é derivado da cocaína, uma mistura entre cloridrato de cocaína (cocaína em pó), bicarbonato de sódio, ácido, amônia e água destilada. Essa mistura forma a droga de maior poder de destruição e que seu consumo, afeta milhares de crianças, adolescentes e jovens dependentes, em todo o Brasil.
O sofrimento das famílias que convivem com este quadro é lamentável. Manter o uso contínuo é um alto risco, tanto na parte financeira como na saúde física e psíquica. A insistente procura por ajuda profissional é uma questão a ser definida como política pública de intervenção imediata.
Observamos que consumo do crack vem aumentando em relação à cocaína, a pedra é mais “barato”, seu efeito dura pouco e é seis vezes mais potente do que a cocaína, por esse motivo a compulsão é mais violenta. As alternativas utilizadas para se manter o uso, são várias, recorre à família, o usuário pode começa a roubar para manter o uso regular e se envolvem em uma rotina onde deixam de ter discernimento e senso autocrítico e se “obrigam” a praticar delitos para sustentar o vício e até ser aliciado pelo tráfico de drogas.
O risco de o usuário morrer por estar envolvido em delitos é de alta complexidade, maior é o risco de ser executado por traficantes que não aceitam dívidas em seus “negócios”; muitas famílias desesperadas vendem o que tem, para pagar as dívidas adquiridas pelo dependente, todavia, o indivíduo continua a contrair novas dívidas e as famílias continuam tentando pagar, no entanto, chega um momento que não é mais possível conviver com o dependente, muitas famílias adotam medidas drásticas, nesses momentos surgem às internações, os grupos de terapias, alguns por desespero aprisionam o dependente em casa. Na verdade o desespero é um aliado ao crack.
As vagas de internações na maioria das vezes não são ofertadas á população pelo estado. O aumento do número de leitos disponíveis para a recuperação de dependentes químicos na rede pública deveria ser muito maior, entretanto, as ações anunciadas pelo governo federal, não saem do papel e do noticiário. O governo do Estado do Rio de Janeiro, conta com quatro unidades de intervenção para dependentes químicos, número insuficiente, um Conselho Estadual Antidrogas inoperante, nenhum centro ambulatorial ou Casa Dia para atendimento a média e baixa complexidade em se tratando de dependentes químicos.
A proposta de prevenção às drogas na rede pública de ensino, por intermédio das secretarias de educação e assistência social (municipal e estadual), não são articuladas, por falta de agente multiplicadores e mais distante ainda a capacitação de professores para a demanda do uso de drogas nas escolas.
Quando muitos se omitem na construção desses elementos fundamentais para a sociedade, devemos criar mecanismos para reparação dos mesmos; como a criação de espaços e propostas que promovam à cultura, formação profissional, desenvolvimento de iniciativas individuais e coletivas em prol da educação escolar, ambiental e cidadã, a socialização e a reintegração familiar, essas ações deveriam permear as ações desenvolvidas nas ocupações sócias das comunidades pacificadas.
O aumento crescente de crianças e adolescentes no do Rio de janeiro é visível e real, são pequenos maltrapilhos esmolando por moedas, algo que não podemos aceitar em nossa sociedade Antes tínhamos os miseráveis por pão, hoje são pequenos jovens sedentos pela droga da morte. Mas na verdade esses jovens necessitam de vida.
Dependentes de drogas em geral são resistentes às ações de ajudas: sejam humanitárias, terapêuticas ou institucionais. Acredito que a contrapartida social da ocupação das UPPs, deva ser observada a questão do dependente de drogas, que são em maioria dos casos compelidos a ser: recursos humanos do tráfico, financiadores do tráfico e vítimas do tráfico. A base de sustentação do que chamamos estrutura de consumo.
Coibir e evitar a migração desses adolescentes para outros pontos de venda de drogas é crucial para desarticular a escalada da degradação de adolescentes. Para isso deveríamos simultaneamente às ocupações e implantação das UPPs, acolher adolescentes em Unidades de Proteção a Criança e ao Adolescente – UPCA. Recursos existem no FUNAD e SENAD.
Um projeto que foi encaminhado ao Secretário Estadual de Ação Social e Direitos Humanos, pelo CTCB e que aguardamos sua implantação. Com a aproximação dos eventos esportivos na cidade e no estado poderemos ter esperanças.
Carlos Mega
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